quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Resumo Diálogo de Platão - Fedro

O diálogo Fedro se passa fora dos muros de Atenas, debaixo de uma árvore e ao lado de um rio. Neste diálogo, Sócrates tem apenas um interlocutor direto, o próprio Fedro, mas tem dois indiretos, Lísias e Isócrates. Este diálogo pode ser subdividido em três partes: em primeiro lugar, aquela em que se dão os discursos de Lísias e Sócrates sobre o tema do amor; em segundo lugar, a marcada pelo segundo discurso de Sócrates sobre o tema do amor, onde ele apresenta várias informações sobre a alma; em terceiro lugar, a parte em que há a discussão entre Sócrates e Fedro sobre a arte da retórica. Uma questão muito relevante neste diálogo é que ele foge dos parâmetros tradicionais dos diálogos platônicos. Em todos os diálogos, a apresentação do tema é feita estritamente na forma de diálogos entre os personagens, mas no Fedro uma grande parte das apresentações dos temas se dá em forma de discurso, somente na última parte Sócrates retorna ao seu estilo tradicional. Mais propriamente no tema da alma, que é discutido na segunda parte do Fedro, o diálogo abrange uma grande quantidade de assuntos, sem entrar muito em detalhes sobre nenhum deles.
Desse modo, para a compreensão do Fedro é necessário o conhecimento de vários outros diálogos de Platão. No Fedro, apesar de referir-se a vários problemas sobre a alma, Platão fica quase que somente na apresentação destes temas, ele não fornece nenhuma prova racional sobre sua veracidade: toda a discussão em torno da alma é apresentada de uma forma mitológica, e é somente a partir de pressupostos racionais, apresentados em outros diálogos, que Platão demonstra suas teses sobre a alma. Lísias era um mestre na arte da retórica e um cidadão influente nos tribunais. Especula-se que ele foi uns dos responsáveis pela condenação de Sócrates; viria daí, então, o sarcasmo demonstrado por Sócrates ao falar dele.


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